8 out 2020
das 14h às 16h
com
Aline Bemfica (Paris)
Dunya Azevedo (Belo Horizonte)
Lia Krucken (Salvador)
link: meet.google.com/uon-jmon-jyv
Realização: Intervalo fórum de arte em colaboração com PPGAV/UFBA e Goethe Institut Salvador Bahia
Propomos uma reflexão sobre a imagem, atravessada pelo trânsito entre artes visuais e psicanálise. A partir do conceito de “imagens migrantes”, de Georges Didi-Huberman, iniciamos um debate sobre alguns aspectos: a imagem-testemunho e memória; a imagem do corpo em travessia, pensando especialmente no contexto das afrodiásporas; e a potência da arte em (re)construir imagens do corpo, imagens no mundo, imagens de si.
Nos interessa refletir sobre o rastro do corpo no processo de criação de imagens, em deslocamento, pensando a produção artística visual como uma tradução, que é um acontecimento dinâmico e que sempre se atualiza. Dialogaremos com a ideia de “ética do passante”, de Achille Mbembe.
Por fim, em tempos de pandemia, que também é um atravessamento da ordem do horror, nos parece também importante refletirmos sobre como as imagens se articulam com a ‘cadeia significante’ que construímos e recebemos.
Aline Bemfica
é psicóloga e psicanalista e trabalha junto à Cruz Vermelha, na região de Paris. Fez seu doutorado em teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em seu pós-doutorado, desenvolvido na mesma Universidade e com apoio da FAPERJ, trabalha com a construção de metodologias e práticas de oficinas com orientação da psicanálise lacaniana. Desenvolveu no Brasil e na França a metodologia intitulada “Um livro por vir”, construída na interface entre a literatura e a psicanálise, com jovens em situação de abrigamento e de migração ou em busca de refúgio em outro país.
Dunya Azevedo
é Doutora em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais, atua nas áreas de fotografia e design, faz parte do Núcleo de Fotografia, Arte e Cultura, em Belo Horizonte. tem experiência como professora universitária há 20 anos, em cursos de graduação e pós-graduação. Investiga os sentidos da imagem fotográfica e as relações entre arte, documento e memória.
Lia Krucken
é artista e integra os coletivos Insurgências, em Berlim, e Esfinge Coletivo Ancestral, em Coimbra. É professora visitante do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFBA. Atua nas áreas de Design e Artes. Investiga movências, migrações e deslocamentos, com foco em textualidades afrobrasileiras. Realiza projeto com artistas na Casa do Benin e no Museu Afrobrasileiro, junto ao Intervalo Fórum de Arte.