segundo ciclo de conversas sobre Arte & política

O Intervalo – Fórum de Arte inicia em setembro o segundo ciclo de conversas sobre “Arte e política: diálogos, insurgências e aproximações”, trazendo convidados especiais, que abordarão relações entre arte e política, a partir de suas práticas e pesquisas artísticas e curatoriais. Os quatro encontros virtuais com Raphael Fonseca, Iago Barreto, Diego Araúja e Laís Machado e Maurício Lima marcam a continuidade dos encontros realizados em abril de 2021 quando recebemos de Cris Ribas, Rubens Mano, Clarissa Diniz, Diane Lima, e Paulo Nazareth.

Os encontros serão às 4as feiras, às 15h.

Nosso convidado para dia 08 de setembro é Raphael Fonseca. Pesquisador da interseção entre curadoria, história da arte, crítica e educação, Raphael  desenvolveu desenvolve atualmente o projeto 1 curadorx, 1 hora, onde realiza entrevistas com convidados de diversas gerações e partes do país. Considerando sua experiência, propomos discutir os desafios atuais da curadoria e as estratégias criadas para encarar os novos contextos. 

Dia 15 de setembro contaremos com a presença de Iago Barreto, que é arte-educador, artista e comunicador comunitário. Residente no Estado do Ceará, Iago realizou diversas ações e projetos relacionados aos direitos dos povos indígenas. Considerando essa experiência, nesse encontro compartilhamos esta questão:  Como curadorxs podem criar espaços para artistas e públicos engajados social e culturalmente? 

Já no dia 22 nos encontraremos com a dupla Laís Machado e Diego Araúja, fundadores da Plataforma Araká. Laís é artista do Corpo, Alárínjó e feminista. Natural de Salvador, desenvolve projetos autorais nas artes cênicas, performance, instalação, fotografia e audiovisual.  Diego, também natural de Salvador, produz arte de modo expandido desde 2011. Suas mídias são literárias, visuais, cênico-performáticas e cinematográficas. Visando ambas as trajetórias com o desenvolvimento de plataformas e experiências artísticas que envolvem a ocupação de espaços, refletiremos sobre tais iniciativas e como elas nos ajudam a pensar em estratégias de insurgência na prática artística/curatorial.

Por fim, no dia 29 de setembro, conversaremos com Maurício Lima. O ator e performer, criou a obra transdisciplinar Museu dos Meninos, museu virtual a partir de depoimentos de jovens moradores do Complexo do Alemão, território de sua origem. A partir de sua experiência, propomos discutir formas de pensar curadoria que tensionam hegemonias na arte e fora dela. Assim, propomos uma conversa em torno das interlocuções necessárias para se criar novos espaços de/para arte. 

O evento é gratuito. Para realizar a inscrição e participar das quatro conversas acesse o link: https://forms.gle/sNJr5XHRsCuSCHuF6 (também disponível na bio do @intervaloforumarte)

O INTERVALO – FÓRUM DE ARTE é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal da Bahia; e propõe discutir e (re)pensar perspectivas para o campo das artes, refletindo sobre transformações históricas, compartilhando experiências, revendo questões e prioridades de forma continuada. Desde 2017 realizou entrevistas com curadores, artistas e agentes culturais sobre experiências, abordagens expositivas e questões geopolíticas. Em 2018, realizou o ciclo de conversas intitulado “Porque bienal?”, que discutiu as trocas, trânsitos, práticas e relações de poder que envolvem a realização de uma bienal de arte. Em 2019 trabalhou em parceria com a Casa do Benin e o Mafro no projeto Fluxos: Acervos do Atlântico Sul. Com o ciclo de conversas Arte e Política, em 2021, propomos discutir questões pertinentes ao contexto artístico contemporâneo a partir de urgências do tempo atual. O Intervalo conta com a colaboração do Goethe-Institut Salvador-Bahia, no esforço de criar e manter espaços de diálogo e aproximação entre artistas e curadores.

Nossos convidados:

Raphael Fonseca é pesquisador da interseção entre curadoria, história da arte, crítica e educação. Doutor em Crítica e História da Arte pela UERJ. Mestre em História da Arte pela UNICAMP. Graduado e licenciado em História da Arte pela UERJ. Recebeu o Prêmio Marcantonio Vilaça de curadoria (2015) e o prêmio de curadoria do Centro Cultural São Paulo (2017). Curador residente do Institute Contemporary Arts Singapore (2019) e da Manchester School of Art (2016). Recentemente realizou a curadoria da exposição “Sweat”, na Haus der Kunst (Munique, Alemanha, co-curadoria de Anna Schneider) e “Vaivém” (CCBB SP, DF, RJ e MG, 2019-2020), fruto de sua tese de doutorado. É curador, junto com Renée Akitelek Mboya, da 22ª edição da Bienal_Sesc_Videobrasil, em 2023. Desde 2020 organiza o projeto 1 curadorx, 1 hora, onde realiza uma série de entrevistas com curadores de todo o Brasil e de diversas gerações. Tem textos publicados em livros, catálogos e periódicos especializados como a ArtNexus, Terremoto, ArtReview, Folha de São Paulo, dentre outros.

Diego Araúja é natural de Salvador-BA, Brasil, e produz arte de modo expandido desde 2011. Bacharel em Artes Cênicas pela Escola de Teatro da UFBA, suas mídias são literárias, visuais, cênico-performáticas e cinematográficas; nas funções de diretor, dramaturgo, cenógrafo, roteirista e artista visual. Dirige o processo Estética Para um Não-Tempo, com o objetivo de instaurar tempos qualitativos para a produção de memórias afro-diaspóricas emancipadas do trauma; o que gerou a obra QUASEILHAS (2018).

Laís Machado – Artista do Corpo, Alárínjó e feminista, é natural de Salvador – BA, Brasil. Desenvolve projetos autorais nas artes cênicas, performance, instalação, fotografia e audiovisual. Explorando os limites do corpo atlântico investiga o transe como meio de produção de presenças. Fundadora da Plataforma ÀRÀKÁ, com o artista Diego Araúja. Espaço que tem estabelecido conexões entre artistas experimentais negros diaspóricos e africanos. É também idealizadora do Fórum Obìnrín – Mulheres Negras, Arte Contemporânea e América Latina.

Maurício Lima é ator e performer formado pela Escola de Teatro Martins Pena e graduando do curso de Teoria da Dança, UFRJ. Atua junto ao grupo Teatro de Extremos e o Coletivo Líquida Ação, em paralelo à sua pesquisa artística autônoma. Em seu trabalho autoral tensiona as questões ético-estéticas relacionadas à negritude contemporânea latino -americana, suas identidades e ancestralidades. Foi contemplado no programa NEXT GENERATION para jovens artistas latino-americanos, da Prince Claus Fund, onde criou a obra transdisciplinar Museu dos Meninos, museu virtual a partir de depoimentos de jovens moradores do Complexo do Alemão, território de origem do artista.

Iago Barreto é arte-educador, artista e comunicador comunitário. É coordenador do grupo Tamain. Colaborador do Museu Indígena Tremembé desde 2014, foi professor escola de cinema indígena jenipapo-kanindé, e curador da exposição “Nas aldeias: o cotidiano sob o olhar da juventude indígena do Ceará”, a primeira exposição multiétnica de fotógrafos indígenas do Estado. Desde 2018, trabalha junto aos Anacé da Japuara, fotografando o projeto Memórias da Retomada de São Sebastião e com o Cine Japuara, cineclube de luta pela terra e emancipação humana.

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